Eu chorei. Eu nunca senti uma dor tão forte. Uma dor psicológica que se tornou física. A dor de pensar que você não existe mais.
Eu segui, eu fiz escolhas. Eu fiz péssimas escolhas. Eu voltei, fiz novas escolhas - dessa vez não tão ruins. Mas a pergunta que não saia da minha cabeça era: por que depois de tudo e de todo esse tempo era em você que eu continuava pensando antes de dormir? O que você fez de tão importante para tomar tanto tempo da minha paranoia diária?
Quem era você? Por que você? Por que não me deixava?
A verdade é que eu não te deixava. Eu te usei como uma escora. Como uma desculpa para desabar. Como um pilar a alcançar. Como alguém para quem voltar.
A maior verdade é que você não é nada mais. Só uma lembrança para comemorar todo fevereiro. Só uma felicidade passada.
A dor que eu senti foi a de te deixar ir. Não se engane, doeu. Muito. Mas agora você se foi. E eu sou apenas um alguém paranoico novamente.
Nos próximos tempos eu descobrirei se ser apenas um alguém é bom. E se não for, ainda seguirei sendo apenas esse alguém.
Como não dói mais arrisco dizer que já é bom.