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Mostrando postagens de agosto, 2017

4.

O seu sorriso é um farol. É dele que preciso para continuar a caminhar. Em momentos, onde a agonizante tristeza tenta tomar as rédias, seus lábios alegres me mostram o azul do imenso céu para meu desfalecer feliz. A onda sonora que sua gargalhada produz bate diretamente com meu coração. De todas as formas possíveis de descrever tal fenômeno tão esclarecedor, irei apenas de dizer que além de ser dona de meu primeiro blues; também é e sempre será minha Belle de Jour .

3.

Não gosto de fechar os olhos. É lá que você está. E de lá não sai. Quando tento criar histórias você aparece em meus pensamentos como a protagonista. Em um filme somos o casal mais desajeitado. Eu vejo seu rosto em cada esquina e ao entrar em lugares, que por mim são amados, você está sentada ao lado do bar. Mesmo agora, enquanto escrevo essa parábola, você está servindo de inspiração. E de todas as palavras que podem ser escritas a única que gostaria de redigir é seu nome. O engraçado é que você não existe mais. Não gosto de fechar os olhos por que é lá que você está e de lá não sai.  Você não tem nome, feição, afeto. Você é uma lembrança sem rosto. Um mito, uma alegoria. Quem é você agora?

2.

Eu sinto sua falta. No começo era nada. Era fútil, simples, incolor. Te encontrava em beiradas com o humor gêmeo ao meu. Essa assiduidade cresceu. Criou raízes e, sem perceber, me vi em um mundo onde você tinha que estar. Esse sentimento cresceu, floriu, desabroxou. E eu me vi ligada a você como um raio se liga a terra. E foram meses de lindas tempestades esfumaçadas em tons calmos de cinza. Mas em algum momento tudo escureceu e eu não consegui te achar. Eu perdi sua trilha. Eu não senti sua presença. E tudo parou. Desandou. Apodreceu. Eu não quero o sol. Muito menos a chuva que só corre em meu rosto. Me pergunto se também almeja o retorno da tempestade. Eu quero não sentir sua falta.

1.

Eu esperava que as coisas estivessem melhor. Que todos tivessem aprendido sobre culpa. Que o andar fosse tranquilo para todos. Que não houvesse medo. E se não houvesse medo? Dá medo só de pensar. Eu queria que todos se entendessem melhor. Que todos soubessem sobre a vida. Que o passar dos anos fosse prazeroso para todos. Que não houvesse perda. E se não houvesse perda? Perdão por considerar. Eu saberia se todos se dessem melhor. Se não houvesse preconceito. Se o amar fosse suficiente para todos. Se não houvesse ódio. E se não houvesse ódio? Odeio dizer, mas é só utopia.