Não gosto de fechar os olhos. É lá que você está. E de lá não sai.
Quando tento criar histórias você aparece em meus pensamentos como a protagonista. Em um filme somos o casal mais desajeitado. Eu vejo seu rosto em cada esquina e ao entrar em lugares, que por mim são amados, você está sentada ao lado do bar.
Mesmo agora, enquanto escrevo essa parábola, você está servindo de inspiração. E de todas as palavras que podem ser escritas a única que gostaria de redigir é seu nome.
O engraçado é que você não existe mais.
Não gosto de fechar os olhos por que é lá que você está e de lá não sai.
Você não tem nome, feição, afeto. Você é uma lembrança sem rosto. Um mito, uma alegoria.
Quem é você agora?