Eu sinto sua falta.
No começo era nada. Era fútil, simples, incolor. Te encontrava em beiradas com o humor gêmeo ao meu. Essa assiduidade cresceu. Criou raízes e, sem perceber, me vi em um mundo onde você tinha que estar. Esse sentimento cresceu, floriu, desabroxou. E eu me vi ligada a você como um raio se liga a terra. E foram meses de lindas tempestades esfumaçadas em tons calmos de cinza. Mas em algum momento tudo escureceu e eu não consegui te achar. Eu perdi sua trilha. Eu não senti sua presença. E tudo parou. Desandou. Apodreceu. Eu não quero o sol. Muito menos a chuva que só corre em meu rosto. Me pergunto se também almeja o retorno da tempestade.
Eu quero não sentir sua falta.